sábado, 17 de outubro de 2009

Incêndio destrói grande parte da obra de Hélio Oiticica no RJ

Um incêndio destruiu grande parte do acervo do pintor e artista plástico Hélio Oiticica, na Rua Engenheiro Alfredo Duarte, 391, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. As obras de um dos mais consagrados artistas brasileiros, morto em 1980, estavam acondicionadas em um ateliê de reserva técnica, no andar térreo da casa do irmão, César, de 70 anos.
César é responsável pelo Projeto Hélio Oiticica, que agrega pesquisadores e colecionadores em todo o mundo. A notícia da perda do acervo de Oiticica abalou a comunidade artística e deixou amigos e familiares perplexos. O fogo, que destruiu toda a área do acervo, começou por volta das 22h. Cerca de 20 homens dos quartéis de Bombeiros do Humaitá e Catete foram acionados para debelar as chamas. Ninguém ficou ferido. As causas do incêndio ainda são desconhecidas.
Entre as cerca de duas mil obras, destruídas pelo fogo, estavam fitas de vídeos, documentários e livros, além de quadros e obras consagradas como os Bólides e os Parangolés. O Parangolé é considerado a primeira manifestação ambiental coletiva, envolvendo capas, barracas, estandartes e passistas da Mangueira, na mostra Opinião 65. O acervo do projeto estava avaliado em cerca de 200 milhões de dólares.
Comovido e chorando copiosamente, César lamentou a perda de 90% do acervo de Hélio Oiticica, criador de Monocromias (formas quadradas recortadas e coladas sobre suporte retangular branco), Bilaterais, Bólides e dos Parangolés.
"Queria morrer junto com as obras. Após a morte do Hélio, em 1980, fiquei responsável pelo acervo. É muito triste! Não tenho dúvidas, a única vítima desse terrível incêndio foi a Cultura Brasileira", lamentou César Oiticica.
A hipótese de um incêndio criminoso foi descartada por César Oiticica. De acordo com o irmão do artista, além do forte aparato externo de segurança no bairro, o ateliê contava com sensíveis alarmes de presença e anti- incêndios, além equipamentos de climatização para manutenção das obras. "Essa está completamente descartada. O acervo tinha um forte aparato de segurança", ressaltou.
O tenente do Corpo de Bombeiros Yuri Manso, responsável pela operação, informou que as chamas consumiram as obras com rapidez e que só após o resultado do laudo técnico será possível chegar às possíveis causas do incêndio.
Oiticica consolidou estética do movimento tropicalistaHélio Oiticica naceu no Rio de Janeiro, em 26 de julho de 1937. Oiticica foi, entre outros, pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado por muitos, um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente.
Em 1959, Hélio Oiticica fundou o Grupo Neoconcreto, ao lado de artistas como Amilcar de Castro, Lygia Clark e Franz Weissmann. Na década de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de "antiarte por excelência".
Foi também Hélio Oiticica que fez o penetrável Tropicália, que não só inspirou o nome, mas também ajudou a consolidar uma estética do movimento tropicalista na música brasileira, nos anos 1960 e 1970. O artista morreu no Rio de Janeiro, em 26 de março de 1980.

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4047252-EI8139,00-RJ+incendio+destroi+grande+parte+da+obra+de+Helio+Oiticica.html

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Panorama - Casa do Baile 2

Opção com cores originais
Opção com cores diferenciadas, baseadas em cores reais

Casa do Baile sobre a pele
Chegou a hora de fazer um panorama em grupo. De unir diferentes idéias, pontos de vista e exigências. De extrair o máximo daquele ambiente já tantas vezes explorado por nós, atrás de algo que fosse realmente bacana de ser mostrado. Juntar a arquitetura e o paisagismo aos nossos olhares - tão diferentes. Registrar a experiência de cada um em seu trabalho anterior influenciando tanto nesse novo olhar. Com novas surpresas a cada visita.
Percebemos daí a essência do nosso novo trabalho. Uma tentativa de reflexão sobre as diferenças. Sobre as memórias, os diálogos entre nós e o ambiente que nos cerca, e o que deles fica realmente em nós.
Usamos das diferenças de cada um, das lembranças que nos marcaram (imagens sobre nossos corpos) que em cada experiência é completamente diferente. Que o que fica em nós também sofre deformações, dependendo das individualidades (no caso, dependendo de cada corpo - dos integrantes do grupo - e posição em que a imagem da Casa do Baile é projetada). Tentamos mostrar interações entre pessoas e espaços e como cada um interfere nessa imagem para si.
Usamos de duas dinâmicas: no primeiro momento projetamos as imagens e tentamos interagir com elas, algo como mergulhar na projeção. Já no segundo momento fizemos com que as imagens ‘se desdobrassem’ para mergulhar em nós. Outro fato interessante foi que, inicialmente quase que sem-querer, tridimensionamos imagens que estavam planas. Ou seja, revertemos o processo da fotografia e a fotografamos de novo, o que deu um resultado interessante.
Na montagem do panorama propriamente dito, fomos influenciadas por David Hockney e suas polaróides e pelo trabalho mostrado em uma aula, que foi usado no site de um bailarino. Usando fotos de alta qualidade tentamos disponibilizar maior interação ao trabalho, dando ao observador a opção de ver em boa resolução - através do uso de zoom- uma foto que a princípio estava fora do seu alcance, ou do seu entendimento. Também na montagem, tentamos aproveitar ao máximo as linhas orgânicas dos nossos corpos, pra enfatizar as curvas de Niemeyer; além das cores dos jardins de Burle Marx com bastante contraste e a formação de “ilhas de cores”.


Tentamos porem uma abstração não completa, fazendo uma alusão a um panorama 'retíilíneo" da Casa do Baile, colocando textura de chão e plantas em baixo; construção, árvores e lagoa no meio e tons de azul - de céu, azulejos e até mesmo água - em cima. Mas foi dícifil dar a unidade que queríamos ao resultao final, não foi tão fácil agrupar as fotos por 'tema'.


O acervo de fotos utilizadas foi de cerca de 600, todas tiradas pelos integrantes do grupo nas diversas visitas feitas ao local. Com uma preocupação estética, utilizamos a imagem projetada sobre a pele e mais imagens de texturas e cores – que nos proporcionavam fotos com composições mais agradáveis.
A nossa grande dificuldade e preocupação na edição do trabalho foi que, ao utilizar fotos de nossos corpos semi-nus, o trabalho não ficasse apelativo e nem que nos sentíssemos expostas - o que foi um dos maiores desafios, abdicamos no processo de fotos que ficaram fantásticas.
Pretendíamos fazer um trabalho maior, com muito mais fotos, mas o prazo curto não possibilitou. Esperamos que esse material, e técnica, sirva de base para outros projetos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Visita Museu OI Futuro





A visita ao Museu OI Futuro foi de fato mais interessante do que eu esperava.´

O hall de entrada serve como espaço de exposição de algumas 'estações' interativas. Me surpreendi com o equipamento emprestado pelo museu, tudo para tornar a visita mais dinamica.

Dentro do museu, decoração futuristica e um tanto espacial guardava acervo de peças antigas que contavam a história da evolução tecnológica no campo das telecomunicações.

Análise dos panoramas do grupo

Comentários sobre os panoramas do grupo: Laura Carvalho, Luciana Rattes, Luiza Costa e Yumi Faraci.

LUCIANA
http://lucianaarq.blogspot.com/
Em seu panorama, Luciana, conseguiu de uma maneira diferencial criar uma composição usando imagens diversas . Ao invés de seguir o lógico ela dispos somente de imagens salpicadas, e não sequenciasis como no panorama comum, de elementos que haviam chamado sua atenção na visita e criou assim um panorama discontinuo e bastante lúdico. conceitualmente é um trabalho que se aprocimou do meu, já que os dois lidam com o ponto de vista individual e de imagens criadas apartir dessa individualidade.

LAURA
http://lauragc8.blogspot.com/
O panorama criado por Laura tem um efeito extremamente convidativo aos olhos. O jogo entre a textura e as cores cria reflexos e imagens hipercoloridas. O ponto escolhido para tirar as fotos foi fundamental para criar uma sensação de integração entre a edificação de Niemeyer, os jardins de Burle Marx e a própria lagoa.

YUMI
http://yumifaraci.blogspot.com/
O panorama da Yumi impressiona primeiro pelo o ótimo domínio das ferramentas, que trouxe alta qualidade técnica, para um trabalho de iniciante nesses programas. Mais do que isso o panorama tem uma mistura interessante nas texturas, usando o padrão da mureta nas águas, além da atenção a contextualização, incluindo texto sobre o lugar e evidenciando mudanças, não muito bem aceitas, ocorridas durante reforma (que não foi comandada por Niemeyer).

Objeto físico

Essas são algumas fotos do meu objeto físico.














O objeto era uma tenda de tecido preto, onde dentro haviam vários objetos interativos (quinta foto). Como: balões que carregavam mensagens (duas últimas fotos), garfinho para estourar os balões (quarta foto), monóculos fotográficos (primeira foto) e suas respectivas imagens (sexta, sétima, oitava e nona fotos), caixas táteis (segunda foto) e copo com liquido não-newtoniano (terceira foto).

O obejtivo foi que o visitante tivesse a oportunidade, e liberdade, de explorar e sentir aquelas experiências. A tenda preta tinha o intuito de tornar o espaço, já apertado, ainda mais claustrofóbico.

Já os monóculos traziam imagens difíceis de se enxergar (já que era escuro dentro da tenda), formas como grade, janela, porta, olho e até o escuro ou o claro.

O copo com o líquido não-newtoniano com sua propriedade de se tornar cade vez mais rigido quanto mais rápida e maior é a pressão exercida, ou seja, se tocado rapidamente é sólido e se tocado de maneira a exercer pressão em sua superfície aos poucos torna-se líquido. Tais propriedades incomuns foram usadas como comparativo na relação do homem com o espaço e os limites impostos pelo o mesmo.

Os balões tinham escritos em sua superfície tres frases: "domínio público", "responsabilidade pública" e "espaço público" e ao serem estourados, libertavam a seguinte mensagem, trecho do livro de Hertzberger (que pode ser encontrado na página 47), "as coisas começam a dar errado quando as escalas se tornam grandes demais... o sentido da responsabilidade pessoal perde-se" .

As caixas táteis traziam os opostos da imposição de limite, caixa superior que ao ser tateada em seu interior depara-se com uma superfície de alfinetes, e caixa apoiada no banco que revela a dificuldade de se traçar um limite, tudo isso dentro do conceito do público e privado exposto no livro.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Panorama Casa do Baile


Objeto digital - Panorama da Casa do Baile

Meu obejto digital é uma sobreposição de dois panoramas. O panorama retílineo que serve de fundo é de imagens não modificadasda realidade, são puramente fotos da Casa do Baile.

O segundo panorama é uma colagem de metades de óculos formando um elo. Nas lentes desses óculos há reflexos da realidade. Imagens que representam os olhos, a percepção de quem os usava e de como os mesmos percebiam aquelas formas, texturas, cores, volumes: enfim a arquitetura ( e seus 'casamentos') em seu entorno. Esse elo e suas imagens tem cores mais fortes e contrastantes, diferentemente do panorama de fundo que é mais suave.

Na parte superior do elo de óculos há uma frase do arquiteto Oscar Niemeyer.

"Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito."

Frase que se encaixa perfeitante com a Casa do Baile. Sobre como suas curvas se misturam as da lagoa, imagem que é como um jogo de sobreposições, a lagoa ao fundo e a edificação, em uma ilha artificial, seguindo quase que organicamente suas sinuosidades.